O mito da barreira do som

Posted by Turma da física On quarta-feira, 30 de outubro de 2013 0 comentários

capa_som

A barreira do som é um mito. O termo surgiu durante a Segunda Grande Guerra, quando os aviões tornaram-se rápidos o suficiente para sofrer os efeitos da compressibilidade do ar. A partir de uma determinada velocidade (denominada “Mach de divergência”), o arrasto total da aeronave aumentava drasticamente.
Havia quem teorizasse que a velocidade supersônica jamais seria atingida, pois esta componente extra (chamado “arrasto de onda”) cresceria exponencialmente ao se acelerar a aeronave, dando início à idéia de uma parede nos céus, ou seja, a barreira do som.
O falso conceito foi superado, porém ficou a expressão, que, em termos corriqueiros, significa que o avião rompeu Mach 1, ou seja, tem velocidade superior à do som.
O que se passa em torno do avião quando ele passa a voar supersônico?
Em vôo supersônico, o encontro do ar com o nariz do avião forma uma onda de choque em formato de arco. Conforme se acelera, esta inflexão fica cada vez mais inclinada para trás, adotando a forma de um cone (“Cone de Mach”).

f15_edwards.jpg Além do choque frontal, forma-se um outro logo atrás da cauda. Ao passar por essas oscilações, o ar sofre violentas variações de pressão. Entre os extremos da estrutura, o escoamento colide com outras partes da aeronave (capota, entradas de ar, aerofólios), gerando ondas de choque de menor intensidade. Seus efeitos tendem-se a se misturar com os choques principais a alguma distância da aeronave.
Curiosamente a maior parte dos aviões supersônicos tem asas de perfil subsônico. Isso é possível, adotando um enflechamento das asas suficiente para que, em todo o envelope operacional:
O bordo de ataque esteja dentro do Cone de Mach; e
A componente da velocidade perpendicular ao bordo de ataque seja menor que Mach 1.
O Mirage III é um exemplo clássico deste recurso de projeto.

Como o avião mede a velocidade supersônica?

Os aviões supersônicos e os protótipos em campanha de ensaios em vôo normalmente optam por instalar seus sensores anemométricos (pressão total e pressão estática) e de temperatura fora do escoamento perturbado pela aeronave. Assim, colocam-nos em um longo tubo à frente do nariz da aeronave.
O que o piloto sente quando o avião ultrapassa a velocidade do som?
Depende do projeto do avião. Nos aviões da década de 1940 e 50, poderia surgir alguma característica indesejável de pilotagem durante a aceleração transônica, devido à formação de ondas de choque sobre as asas e estabilizadores.
Depois desta época, fórmulas consagradas se impuseram e minimizaram este tipo de interferência. Dois efeitos, entretanto, devem ser obrigatoriamente resolvidos pelos sistemas de bordo:
Aerodinâmico: em vôo supersônico, as forças aerodinâmicas de sustentação e arrasto se redistribuem pela aeronave, assumindo um novo perfil. O sistema de comandos de vôo deve ser projetado de modo a filtrar esse evento, reposicionando automaticamente os comandos de arfagem, sem provocar descontinuidade na manobra executada pelo piloto. O Mirage III, por exemplo, move automaticamente a posição de neutro do manche para trás nesta condição; e
Anemométrico: na transição para o vôo supersônico, também se forma uma onda de choque à frente dos sensores anemométricos do avião. Para superar este efeito, são aplicadas fórmulas de conversão para traduzir valores de pressão em informações para o piloto (velocidade, altitude…) diferentes do vôo subsônico. Esta é a razão, por exemplo, que os pilotos de F-5E testemunham variações bruscas e instantâneas nos seus instrumentos de bordo, ao superar a velocidade do som.
Concluí-se que, voando uma aeronave de combate moderna, o vôo supersônico ocorre sem nenhuma indicação ao piloto, exceto pelas marcações de velocidade e altitude.

Quais efeitos se sentem no chão?

A um observador no solo, as variações de pressão decorrentes do vôo supersônico são sentidas como o impacto de uma onda sonora. A seqüência de compressão e descompressão dura um décimo de segundo ou menos. O “boom sônico” pode parecer desde um estampido similar ao som de um surdo (instrumento musical) a uma breve, mas forte explosão (excedendo 200 decibéis). Ocasionalmente os dois picos (estampidos) seguidos podem ser percebidos.
A força da onda de choque depende de uma série de fatores ambientais e de projeto. Seu efeito pode resultar em danos psicológicos ou materiais, como quebra de janelas, rachaduras em construções, etc. Os maiores prejuízos são provocados sob a trajetória do avião, podendo se estender por até cem quilômetros de distância. Existem manobras que possibilitam a concentração das conseqüências. Periodicamente o noticiário internacional denuncia esse tipo de ação da Força Aérea Israelense (IAF) sobre o território palestino da Faixa de Gaza.

Um caça com uma nuvem de vapor formado sobre as asas está supersônico?

O fenômeno citado chama-se “Singularidade de Prandtl-Glauert” e se popularizou com a distribuição de imagens pela Internet.
f18_barreira.jpg

O que o piloto sente quando o avião ultrapassa a velocidade do som?

Depende do projeto do avião. Nos aviões da década de 1940 e 50, poderia surgir alguma característica indesejável de pilotagem durante a aceleração transônica, devido à formação de ondas de choque sobre as asas e estabilizadores.
Depois desta época, fórmulas consagradas se impuseram e minimizaram este tipo de interferência. Dois efeitos, entretanto, devem ser obrigatoriamente resolvidos pelos sistemas de bordo:
Aerodinâmico: em vôo supersônico, as forças aerodinâmicas de sustentação e arrasto se redistribuem pela aeronave, assumindo um novo perfil. O sistema de comandos de vôo deve ser projetado de modo a filtrar esse evento, reposicionando automaticamente os comandos de arfagem, sem provocar descontinuidade na manobra executada pelo piloto. O Mirage III, por exemplo, move automaticamente a posição de neutro do manche para trás nesta condição; e
Anemométrico: na transição para o vôo supersônico, também se forma uma onda de choque à frente dos sensores anemométricos do avião. Para superar este efeito, são aplicadas fórmulas de conversão para traduzir valores de pressão em informações para o piloto (velocidade, altitude…) diferentes do vôo subsônico. Esta é a razão, por exemplo, que os pilotos de F-5E testemunham variações bruscas e instantâneas nos seus instrumentos de bordo, ao superar a velocidade do som.
Concluí-se que, voando uma aeronave de combate moderna, o vôo supersônico ocorre sem nenhuma indicação ao piloto, exceto pelas marcações de velocidade e altitude.

Quais efeitos se sentem no chão?

A um observador no solo, as variações de pressão decorrentes do vôo supersônico são sentidas como o impacto de uma onda sonora. A sequência de compressão e descompressão dura um décimo de segundo ou menos. O “boom sônico” pode parecer desde um estampido similar ao som de um surdo (instrumento musical) a uma breve, mas forte explosão (excedendo 200 decibéis). Ocasionalmente os dois picos (estampidos) seguidos podem ser percebidos.
A força da onda de choque depende de uma série de fatores ambientais e de projeto. Seu efeito pode resultar em danos psicológicos ou materiais, como quebra de janelas, rachaduras em construções, etc. Os maiores prejuízos são provocados sob a trajetória do avião, podendo se estender por até cem quilômetros de distância. Existem manobras que possibilitam a concentração das conseqüências. Periodicamente o noticiário internacional denuncia esse tipo de ação da Força Aérea Israelense (IAF) sobre o território palestino da Faixa de Gaza.
 
Um caça com uma nuvem de vapor formado sobre as asas está supersônico?

O fenômeno citado chama-se “Singularidade de Prandtl-Glauert” e se popularizou com a distribuição de imagens pela Internet


O forno de micro-ondas, presente na maioria das residências, emite micro-ondas com frequência na casa de 2,5 gigahertz. A característica interessante desta faixa de frequência é que a radiação excita, de forma considerável, as moléculas assimétricas, como a da água, óleos e açúcares. Desta forma, quando o eletrodoméstico é utilizado para aquecer os alimentos, apenas estas moléculas aumentam sua energia interna, provocando um aumento de temperatura.
O material dos pratos e potes é, em sua maior parte, formado por moléculas de estrutura extremamente simétrica, por isso o aquecimento deles é muito pequeno. Mas quando colocamos um alimento em um prato para ser aquecido, este prato não está quente ao ser retirado do forno de micro-ondas? A resposta é sim, ele está. No entanto, as micro-ondas não são o motivo deste aquecimento, e sim o contato direto do prato com os alimentos aquecidos.
 
E por que não devemos colocar objetos metálicos no forno de micro-ondas?
 
Por dois motivos principais: primeiramente, porque superfícies de metal refletem as micro-ondas, causando uma espécie de blindagem que impede que as ondas atinjam as moléculas líquidas. A outra razão é que o campo elétrico presente no interior do forno provoca o surgimento de correntes elétricas nos metais, os quais acabam sendo carregados e aquecendo rapidamente. Assim, se houver algo como um pedaço de papel ou qualquer outra coisa que possa pegar fogo dentro do micro-ondas, pode ser ocasionado um incêndio.


O que são buracos negros?

Posted by Turma da física On 0 comentários

Numa abordagem da física clássica, buracos negros são objetos celestes com massa muito grande - alguns deles com centenas de vezes a massa do Sol - que ocupam um espaço muito pequeno. Seu campo gravitacional é tão intenso que nem mesmo a velocidade da luz é maior do que a sua velocidade de escape. Com isto, a luz que entra em um buraco negro não pode mais sair, fazendo com que este não possa ser observado pelas técnicas usuais que analisam a luz emitida ou refletida pelos objetos celestes.

E o que é velocidade de escape?

Chamamos de velocidade de escape aquela cuja intensidade é suficiente para que um objeto possa “escapar” da atuação do campo gravitacional. A velocidade de escape na superfície de Terra é de aproximadamente 11,2 km/s; para que um objeto possa se libertar da atuação da gravidade de nosso planeta, precisa ser lançado com velocidade maior que esta.

Se um buraco negro não pode ser visto, como ele é detectado?

A observação de um buraco negro acontece de forma indireta, pois o que se pode ver são os efeitos que ele causa nas regiões próximas. Devido o seu imenso campo gravitacional, os outros corpos tendem a ser atraídos por ele. Medindo a velocidade com que os objetos se deslocam em sua direção nas regiões vizinhas é possível descobrir sua massa.
Quando um buraco negro absorve matéria dos corpos que estão próximos, esta matéria vai sendo comprimida, esquenta significativamente e emite grande quantidade de radiação em raios-X. As primeiras detecções dos buracos negros foram feitas com sensores que captavam esta emissão de raio-X.
 

Já foram observados fortes indícios de que existam buracos negros supermassivos no centro de algumas galáxias espirais, inclusive alguns cientistas acreditam que exista um destes buracos negros no centro de nossa galáxia, a Via Láctea.


Como funcionam as redes Wi-Fi?

Posted by Turma da física On 0 comentários

Como funcionam as redes Wi-Fi? 

Frequentemente nos deparamos com pessoas em aeroportos, bibliotecas, restaurantes, etc. utilizando dispositivos eletrônicos, como, por exemplo, notebooks, para acessarem a internet sem utilizar cabos para a conexão. A chamada rede Wi-Fi é uma rede sem fio (também chamada de wireless) na qual podemos ter acesso à internet apenas por sinal de ondas de rádio, assim como as televisões e os celulares, não sendo necessária a utilização de fios conectores. 

As ondas de rádio são ondas eletromagnéticas (formadas pela combinação dos campos elétrico e magnético que se propagam no espaço perpendicularmente transportando energia) utilizadas pelas emissoras de rádio. Basicamente, nos locais onde há sistemas que fazem uso de ondas de rádio, um circuito elétrico é o responsável por provocar a oscilação de elétrons na antena emissora. Estes elétrons são acelerados e, em virtude disso, emitem ondas de rádio, as quais transportam as informações até uma antena receptora. As redes Wi-Fi, utilizadas para fornecer acesso sem fio à internet, operam de forma análoga: um adaptador (sem fio) para computadores capta as informações e as traduz na forma de sinais de rádio, as quais são transmitidos com o auxílio de uma antena. O roteador (também sem fio), cuja função é realizar a distribuição dos sinais da rede, além de "escolher" o melhor caminho para o envio de um conjunto de dados, é quem recebe o sinal e o decodifica. É ele quem envia as informações para a internet usando uma conexão (com fios), a Ethernet, responsável pela interconexão de redes locais. É válido salientar que o processo inverso também pode ocorrer: o roteador pode receber as informações da internet, traduzi-las em sinais de rádio e enviá-las para o adaptador.


O que é Termologia?

Posted by Turma da física On sábado, 12 de março de 2011 0 comentários

O que vem a ser termologia? O que ela estuda? Termologia é a parte da física que estuda o calor, ou seja, ela estuda as manifestações dos tipos de energia que de qualquer forma produzem variação de temperatura, aquecimento ou resfriamento, ou mesmo a mudança de estado físico da matéria, quando ela recebe ou perde calor. A termologia estuda de que forma esse calor pode ser trocado entre os corpos, bem como as características de cada processo de troca de calor, são essas as formas de transferências de calor:
  • Convecção;
  • Irradiação;
  • Condução.
Mas o que vem a ser calor? O que é temperatura? Calor é a energia térmica em trânsito, ou seja, é a energia que está sempre em constante movimento, sempre sendo transferida de um corpo para outro. Já temperatura é o grau de agitação das moléculas, ou seja, calor e temperatura são conceitos bem diferentes com os quais a termologia trabalha.
O estudo da termologia, assim como os vários outros ramos de estudo da física, possibilita entender muitos fenômenos que ocorrem no cotidiano, como, por exemplo, a dilatação e contração dos materiais, bem como entender por que elas ocorrem e como ocorrem. São essas as formas de dilatação que a termologia estuda:
  • Dilatação superficial;
  • Dilatação volumétrica;
  • Dilatação dos líquidos.
A termologia, mais precisamente a termodinâmica, estuda também os gases, adotando para isso um modelo de gás ideal denominado de gás perfeito, como também as leis que os regem e as transformações termodinâmicas que se classificam em:
  • Transformação isotérmica;
  • Transformação isobárica;
  • Transformação isocórica.


SOL, A GRANDE BOLA DE FOGO E ENERGIA

Posted by Turma da física On sexta-feira, 9 de abril de 2010 0 comentários


Você deve pensar como uma coisinha tão pequena e brilhante que está sobre as nossas cabeças pode gerar tanta luz e calor, fazendo a gente acordar pela manhã (tristeza isso!), bronzear, fritar ovo no chão de Cuiabá e nos faz morrer de tanto calor, coisas básicas que o nosso sol faz.

O Sol possui um volume 1.300.000 (1 Milhão e 300 mill vezes) maior que a Terra, este volume é ocupado principalmente por hidrogênio (H), que é cerca de 92% do volume da grande estrela, hélio (He) 7% e 1% de uma mistureba de ferro (Fe), níquel (Ni), oxigênio (O) e dentre muitos outros elementos.

Mas como ele consegue produzir tudo isso, luz e calor? Isso é devido à fusão dos núcleos dos gases de hidrogênio que formam o hélio. A fusão nuclear é a junção de dois ou mais núcleos atômicos para formar outro núcleo de maior número atômico e energia, ela requer muita energia para começar e quando iniciada libera muito mais energia do que consumiu.

deuterio+tricio

Os gases de hidrogênio (deutério e o trítio, isótopos do hidrogênio) se chocam e formam o hélio e uma partícula atômica chamada de nêutron. Como há uma pequena perda de massa no meio do processo, ela se torna uma quantidade de energia enorme e juntando com a alta temperatura do sol no núcleo, que é aproximadamente 15,7 x 106 K (Kelvin), ela continua o processo de fusão dos gases de hidrogênio formando o hélio até acabar a sua matéria-prima.

Curiosidades!!!

  • A luz do sol demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra.
  • Ele é classificado na classe espectral como G2V: G2 significa que a estrela possui a temperatura de superfície de aproximadamente de 5.800 K, que dá uma cor branca para o astro e V indica que sua energia é gerada pela fusão nuclear.
  • A cor do sol é branca, mas enxergamos amarelo devido ao nosso céu que faz a dispersão dos raios solares na atmosfera (é famosa refração).
  • A massa solar 332.900 x a massa da Terra, equivalente 1,98 x 1030 Kg.
  • Em cerca de cinco bilhões de anos o hidrogênio no núcleo solar esgotará, parando de ocorrer a fusão nuclear.







O Nosso blog....

Posted by Turma da física On sábado, 27 de março de 2010 3 comentários

Comentário dos organizadores do blog.

Temos o prazer de demonstrar que a Física não é um bicho de sete cabeças.

Estando presentes em diversas áreas tecnológicas ,temos como principal objetivo transparecer o contexto a qual a Física está inserida.
Este blog não tem objetivo de aprofundar no aspecto científico a que está aplicada, mas mostrar para aluno do ensino Médio como a Física é intrinsecamente ligada ao nosso dia-a-dia.
Mostrando uma Visão Progressista do conceito teórico formado dentro de fatores ligados para sua formação como cidadão.









A física dentro da música.

Posted by Turma da física On 0 comentários


INSTRUMENTOS MUSICAIS


Os instrumentos musicais datam desde a mais remota antiguidade, conforme achados arqueológicos encontrados em algumas cavernas africanas e européias. Obviamente estes instrumentos eram muito rudimentares mas deviam entreter os habitantes daquela época. Além da diversão, os instrumentos eram usados para cultos religiosos e também comunicação entre tribos vizinhas, uma vez que o barulho de alguns intrumentos como os congos ou o bumbo pode ser escutado a uma distância bastante razoável, desde que se coloque o bumbo num local onde o som consiga ser naturalmente amplificado. Hoje em dia, com o avanço da eletrônica em todas as modalidades do conhecimento humano, os instrumentos acabaram se subdividindo em duas categorias: os acústicos, e os eletrônicos.

BANDOLIM SANFONA BONGO SINOS

ACÚSTICOS: datam desde os tempos antigos e podem ser divididos em cordas(violão, harpa, guitarra, etc), sopro(flauta, saxofone, sanfona, etc) e percussão(bateria, bongô, sino, etc). ELETRÔNICOS: datam da década de 60 e é composto pelos sintetizadores.

Inicialmente vamos falar um pouco sobre os instrumentos acústicos de cordas. Como o próprio nome diz, todos eles possuem pelo menos uma corda esticada, apresentando suas duas extremidades fixas. Uma perturbação é fornecida a esta corda através da própria mão ou de algum outro agente externo(palheta, arco no caso do violino ou violoncelo, etc), fazendo a corda entrar em vibração. Esta vibração está confinada entre as extremidades da corda e através de interferências entre os pulsos refletidos nas extremidades acabam formando uma onda estacionária com uma freqüência bem definida.

HARMÔNICOS NUMA CORDA

Como a corda tem extremos fixos, estes serão pontos de interferência destrutiva(nós). Entre os extremos da corda haverá a formação de um certo número "n" de ventres. Sendo "L" o comprimento da corda e "¥" o comprimento de onda temos que: a)n=1 ---> L=1.(¥/2) ---> L=¥/2 b)n=2 ---> L=2.(¥/2) ---> L=¥ c)n=3 ---> L=3.(¥/2) ---> L=3¥/2 d)n=n ---> L=n.(¥/2) (fórmula geral).

O resultado escrito acima é muito interessante pois ele nos diz que numa corda só podem existir ondas estacionárias com determinadas freqüências "f". Utilizando-se a relação fundamental da ondulatória, que nos diz que a velocidade "v" de uma onda é igual ao produto de seu comprimento de onda "¥" pela freqüência "f" (v=¥.f), verificamos que:

Desta forma, para n=1 temos a freqüência fundamental ou primeiro harmônico. Todos os outros harmônicos (n=2,3,4, ...) são múltiplos inteiros da freqüência fundamental, sendo este o princípio de funcionamento de todos os intrumentos de cordas como o violão, banjo, berimbau, etc.

Passamos agora a falar um pouco a respeito dos intrumentos de sopro, os quais nada mais são do que tubos sonoros, sendo que dentro deles uma coluna de ar é posta a vibrar. Estas vibrações são obtidas através de sistemas denominados EMBOCADURAS, que se classificam em dois tipos:

EMBOCADURA TIPO FLAUTA: Neste tipo, o músico injeta um jato de ar que é comprimido por um calço para depois colidir contra um corte em diagonal, efetuado na parede do tubo. Nestas circustâncias, o jato de ar sofre turbilhonamentos e variações de pressão que o lançam alternadamente ora para fora, ora para dentro do tubo. Dessa maneira, a coluna gasosa interna do tubo é golpeada interminentemente, dando origem a uma onda longitudinal que se propaga no interior do tubo.

EMBOCADURA TIPO FLAUTA

EMBOCADURA TIPO PALHETA: Neste tipo, o operador injeta um jato de ar do mesmo modo que a embocadura anterior. Logo na entrada, o ar é comprimido pelo calço, tendo sua velocidade aumentada antes de passar ao interior do tubo, o qual é por uma folga existente entre uma lâmina flexível("palheta") e a parede do tubo. A passagem de ar se dá com turbilhonamentos e variações de pressão, que fazem a lâmina vibrar. Em conseqüência, esta passa a golpear o ar no interior do tubo, dando origem a uma onda.

EMBOCADURA TIPO PALHETA


Intervalo Musical

Posted by Turma da física On 2 comentários

A FÍSICA DO SOM E DA MÚSICA

INTRODUÇÃO

Quando nos referimos ao som e à música, raramente pensamos na relação com a Física (Acústica) e na respectiva análise físico-científica necessária para entender a propagação do som, nas propriedades do som e nos detalhes ligados à arte musical. A inter-relação da música com a ciência física ou ainda com os números, remonta à Escola Pitagórica, no século VI a.C. No início, importante era a relação entre os comprimentos das cordas de uma lira com as notas musicais e a percepção de que cordas mais curtas emitiam sons mais agudos e cordas mais grossas, sons mais graves. .A partir desse fato desenvolveu-se a teoria musical que relacionava comprimentos de cordas, escalas, intervalos, notas musicais, números inteiros e frações desses números. Os intervalos mais conhecidos são aqueles produzidos por dois sons de mesma freqüência e por dois sons de intervalos cujas freqüências são uma o dobro da outra. Veja o quadro abaixo:
Intervalo Acústico
Razão de Freqüência
Uníssono
1:1
Oitava
2:1
Em particular, a associação de uma fração a um dado intervalo musical mostrou-se um dos princípios mais importantes da Acústica. A relação entre a Física e a Música prosperou depois da Teoria Ondulatória, estabelecida nos séculos XVII e XVIII, e muito evoluiu quando o matemático e físico Fourier criou dentro das Ciências Exatas o capítulo que permite a análise de qualquer fenômeno periódico.
A PRODUÇÃO DO SOM

O som é produzido ao conseguirmos uma variabilidade na pressão (compressão e rarefação) do ar em nossa volta. Na verdade, para a produção do som, é mais importante a velocidade com que a pressão varia - gradiente da pressão - do que o seu valor absoluto. O som é produzido, portanto, quando uma massa de ar entra em movimento. É a variação da pressão sobre a massa de ar que causa os diferentes sons, dentre eles os que são combinados para criar a música. A vibração de determinados materiais é transmitida às moléculas de ar sob a forma de ondas sonoras. Percebemos o som porque as ondas no ar, causadas por essa variação de pressão, chegam aos nossos ouvidos e fazem o tímpano entrar em vibração. As vibrações são transformadas em impulsos nervosos (elétricos), transmitidas até o cérebro e codificadas.
Uma nota musical é um som cuja freqüência encontra-se dentro do intervalo perceptível pelo ouvido humano e a música é a combinação, nas mais diversas maneiras, de uma seqüência de notas em diferentes intervalos. Entretanto, uma mesma nota emitida por diferentes fontes sonoras (instrumentos musicais) pode ter freqüência igual e ainda assim ser percebida de maneira diferente para quem ouve. A escala musical é uma seqüência de notas musicais dispostas em ordem crescente de freqüências convencionais, havendo entre elas intervalos acústicos predefinidos.
OS INSTRUMENTOS MUSICAIS

Os instrumentos datam da mais remota antigüidade, de acordo com achados arqueológicos encontrados em algumas primitivas cavernas na África. Não obstante, esses instrumentos serem muito rudimentares, eles deviam servir para o entretenimento dos habitantes daquela época, para cultos religiosos e também para comunicação entre tribos vizinhas, uma vez que o som produzido por alguns instrumentos como os congos ou o bumbo pode ser ouvido a uma distância bastante razoável. Atualmente, com o avanço da tecnologia eletrônica em todas as modalidades do conhecimento humano, os instrumentos acabaram se subdividindo em duas categorias:
- Eletrônicos, em que se destacam os sintetizadores capazes de produzirem os mais variados timbres sonoros, a partir de um teclado semelhante ao de um piano e um complexo circuito elétrico-eletrônico.
SINTETIZADOR MOOG
- Acústicos, que podem ser divididos em instrumentos de sopro (apito, trompete, tuba, trombone, flauta, sanfona etc); instrumentos de corda (piano, violão, violino, guitarra, harpa, etc) e instrumentos de percussão (tamborim, atabaque, surdo, prato, repique, etc).
GUITARRA



Porque a água do mar hora é verde e azulada?

Posted by Turma da física On 1 comentários


Porque observamos as águas do mar de coloração ora esverdeada, ora azulada?
Na verdade a água do mar (pensando apenas na água) é transparente. O mar parece azul, em geral, como reflexo do céu. No entanto, dependendo da profundidade do mar, pois parte da luz, ao atravessar a água do mar, em especial infravermelho e parte do vermelho são absorvidos, resultando na tonalidade esverdeada (por isso as fotos dos mergulhadores apresentam-se esverdeadas).

No entanto, o que faz com que o mar parece mais verde do que azul, para quem observa da praia, por exemplo, está relacionado com a concentração de certos plânctons, alguns tipos de algas de coloração esverdeada, que são encontrados em grande quantidade na superfície do mar. A maior ou menor concentração destes plânctons na superfície do mar, provoca consequentemente a maior ou menor reflexão da luz verde, que faz com vejamos o mar mais ou menos esverdeado. Quando o mar não possui grande concentração destas algas, ele nos parece azul.
Você pode constatar experimentalmente que a absorção do vermelho pode deixar o meio transparente esverdeado observando uma placa de vidro transparente. Visto de frente o vidro parece transparente, mas visto de lado (de "quina") ele parece verde.


Anúncio

A Juliana está num pequeno barco sobre a piscina da sua casa. O que acontecerá com o nível de água da piscina se ela deixar cair no fundo da piscina algumas pedras que levava dentro do barco?

Organizador do blog: Professor Robson Salviano.